O Brasil é o país que mais matou
travestis e transexuais no planeta em 2016. Segundo o Grupo Gay da Bahia, 347
pessoas foram mortas pela sua condição sexual (homossexualidade) ou de gênero
(travestis e transexuais). Ou seja, a cada 25 horas, uma pessoa da população
LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) perdeu
a vida.
Neste ano, a Rede Trans Brasil
identificou 144 assassinatos de pessoas trans e travestis em 2016. Ainda
segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), 61 pessoas
foram mortas por transfobia, em 2017, até meados de maio. Tais dados foram
coletados por meio de jornais e de movimentos LGBT, uma vez que no Brasil, não
há especificação de crimes motivados por gênero entre os órgãos de Segurança Pública.
No entanto, a exclusão e o
desrespeito à população LGTB também é uma forma cruel que mata gradualmente.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 800 mil suicídios são
registrados em todo o mundo a cada ano. De acordo com o dossiê da Rede Trans
Brasil, o tipo de ocorrência é uma das causas mais recorrentes entre
homossexuais, travestis e transgêneros no País. Portanto, ser homossexual,
travesti e transgênero no Brasil significa assumir para si um caminho árduo que
poucos têm coragem. Não se trata apenas sofrer risco de violência e insultos
preconceituosos, que por si só, já são graves pelos traumas físicos e
emocionais. No entanto, há quem não tenha a aceitação da família, sai de casa,
sem amparo do Poder Público, cujo isolamento termina em depressão.