quinta-feira, 7 de março de 2013

Nigéria proíbe lésbicas no futebol

 
A Nigéria promete não tolerar lésbicas praticando futebol feminino profissionalmente no país. Em medida anunciada na última semana, a presidente da Liga Feminina de Futebol do país e membro do Comitê Executivo da Federação de Futebol da Nigéria (NFF), Dilichukwu Onyedinma afirmou que a prática homossexual está ‘oficialmente banida’.

Na Nigéria, o homossexualismo é crime, podendo ser punido, inclusive, com pena de morte em alguns estados. O país também apresenta um dos mais altos índices de violência contra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, e a homofobia não é vista como forma de discriminação, portanto, não possui uma legislação específica.

Em declarações publicadas por veículos locais, Onyedinma afirmou que jogadoras lésbicas serão demitidas de seus clubes e impedidas de defender a seleção. "Qualquer atleta que descobrirmos ser associada com isso (lesbianismo), será desclassificada", explicou a dirigente, que quer a ajuda dos clubes para o ‘sucesso’ de sua medida.

"Vamos chamar os presidentes de clube para controlar suas jogadoras, e essas não jogarão pela seleção. Isso (lesbianismo) está acontecendo, mas temos que falar com os clubes, e olhar dentro dos clubes e descobrir se isso tem a ver com os próprios clubes. Alguns times não querem saber disso, e, se souberem, vão retirar as atletas", completou.

A perseguição contra as lésbicas na Nigéria teve início em junho de 2011, quando a técnica da seleção do país, Eucharia Uche, o ex-assistente técnico James Peters e o assessor da NFF Ademola Olajire afirmaram que retiraram lésbicas do time. "Quando trabalhei na seleção, retirei jogadoras não porque não eram boas, mas porque eram lésbicas", afirmou.

Posteriormente, Uche afirmou que o lesbianismo estava superado na Nigéria. "Nós estamos vendo o resultado de nossos esforços, e hoje posso dizer a vocês que o lesbianismo é uma coisa do passado na seleção da Nigéria". Na ocasião, a Fifa se limitou a se posicionar ‘contra a discriminação’ e que ‘conversaria com Uche sobre as declarações’.

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