segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Lésbicas se jogavam em cratera de vulcão


Lésbicas do Japão nos anos 1930-1940 se jogaram na cratera do Monte Mihara na ilha Izu Oshima.

A tragédia começou quando em 1933 a jovem estudante Kiyoko Matsumoto, comprou uma passagem sem volta para a ilha Izu. Matsumoto de 21 anos, estava loucamente apaixonada por outra jovem chamada Masako Tomita. Naquela época o lesbianismo no Japão era "imperdoável" e o casal decidiu morrer junto atirando-se na cratera. Matsumoto deixou uma nota de suicídio:

"Estou perplexa com tudo o que está acontecendo comigo, com tudo o que implica amaturidade de uma mulher. Não sei se posso lidar com a pressão. O que posso fazer? Eu pularia em um vulcão.
 
Os tablóides fizeram ampla divulgação do suicídio focados na orientação sexual das duas mulheres. Depois delas, no mesmo ano, 944 pessoas se jogaram na cratera. O Monte Mihara tornou-se uma atração turística, porque o suicídio era legal e ninguém fazia nada para detê-lo inclusive se visitava o local para identificar essas pessoas que se suicidavam por amor.
A Compania de barbos à vapor da baía de Tokyo abriu uma rota para o Monte Mihara chamada de "ponto de suicídio". Depois de Matsumoto e sua namorada, mais 45 casais de lésbicas atiraram-se na cratera do vulcão. A onda de suicídios neste vulcão terminou quando por medidas de segurança tornou-se ilegal comprar um bilhete só de ida para a ilha Izu Oshima.

Kiyoko tornou-se um ícone cultural. Tanto é que o cantor Beck fez uma homenagem a ela em seu álbum "Modern Guilt", na música intitulada 'Volcano'.




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